A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) participa do evento ‘Expo Amazônia - Bio & TIC’, que está acontecendo no Centro de Convenções do Amazonas Vasco Vasques. No estande destinado a Ufam, a incubadora do Centro de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico (CDTECH) e o Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões, representado pelo Instituto de Natureza e Cultura, unidade da Ufam em Benjamin Constant (INC/Ufam) expõem trabalhos.
O Centro de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico e o Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões da Universidade Federal do Amazonas participam da ‘Expo Amazônia – Bio & TIC’ com a exposição ao público de produtos de duas startups e artesanatos de várias etnias do Alto Solimões. Duas startups incubadas no CDTECH/Ufam expõem seus produtos com alto valor agregado em razão do uso da inovação. A startup ‘Canto da Luz’, apresenta seus produtos extraídos da andiroba (árvore amazônica) que passa por um processo de extração do óleo dos frutos da árvore de forma semi artesanal utilizando novos equipamentos e métodos de extração desenvolvidos e patenteados pela startup. Seus produtos são utilizados como fitoterápicos e fitocosméticos (sabonetes, esfoliantes, óleo, cápsulas, entre outros produtos). A startup conta com a parceria do grupo de Engenharia Química da Ufam, com pesquisadores e estudantes, desenvolvendo e manipulando o óleo dentro da Ufam.
A outra startup, também incubada no CDTECH, a ‘Norte Genômica – soluções moleculares’, trabalha no campo da biotecnologia, pretende contribuir na redução de óbitos por infecções hospitalares. Realiza serviços de sequenciamento genético, identificação molecular de bactérias em diferentes ambientes.
O Instituto de Natureza e Cultura, unidade da Ufam em Benjamin Constant participa da ‘Expo Amazônia’, com peças artesanais de várias etnias do Alto Solimões. Não são só peças marcadas pelo bom acabamento, refinamento, como também pelo uso de uma tecnologia dos povos nativos da região com cortes e peças extraídas da floresta, mas principalmente porque agrega suas culturas. Cada peça exposta tem elementos e cultos que somente esses povos podem produzir e explicar por meio da cor utilizada ou dos formatos expressos nas peças. A professora Geise Góes Canalez do curso de Ciências Agrárias do INC afirmou que expor o material é um reconhecimento da Universidade de um polo local da tecnologia e da ciência que vem dos povos ancestrais. “É o reconhecimento da Universidade enquanto um polo local da tecnologia e da ciência que vem dos povos ancestrais. Temos aqui várias etnias reunidas (vários exemplares), Ticunas, Cokamas, Vale do Javari representando sete etnias: Matis, Anamari, Marubos, korubos, entre outros. Temos aqui vários tipos de fibras naturais, tecidos com alto conhecimento tecnológico e científico e feitos manualmente. Além disso, é importante destacar que não são só produtos artesanais e de adornos, cada simbologia que está aqui conta uma história de um clã. O grafismo é uma linguagem que expressa a ancestralidade, a história cultural dos povos”, destacou.
O evento ocorre até este sábado, 2, com grandes palestrantes, institutos tecnológicos de economia digital e bioeconomia, indústrias fabricantes de bens de informática da ZFM, universidades, agências governamentais, startups, Hubs, incubadoras, aceleradoras e investidores, a fim de desenvolver e firmar a inovação, empreendedorismo e conexões de negócio na região.
O propósito é de alavancar os Polos Digitais e de Bioeconomia, na região, atuando como vetores econômicos e sustentáveis para a manutenção da floresta Amazônica e desenvolvimento econômico e social dos povos da Amazônia.
Por Juscelino Simões
Equipe Ascom
A Unidade Estadual do Amazonas (UE/AM) e o Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais (GT de PCTs) participaram, entre os dias 13 e 17 de junho, de uma série de reuniões de sensibilização com professores e pesquisadores que atuam na temática indígena, com estudantes e lideranças indígenas, para a realização do Censo Demográfico 2022. As reuniões foram realizadas em parceria com o Núcleo de Estudos Socioambientais da Amazônia, composto por professores pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).
A primeira atividade de sensibilização ocorreu na Rádio Nacional do Alto Solimões, em Tabatinga/AM, no último dia 13. Na ocasião, Marta Antunes, do Grupo de Trabalho de PCTs do IBGE, foi entrevistada sobre as inovações do Censo Demográfico 2022 para a coleta junto aos povos indígenas. O repórter, pertencente ao povo Tikuna, aproveitou o momento para convocar os indígenas a receberem o IBGE e responderem ao Censo, reforçando a importância da autodeclaração como indígena. Essa mensagem foi falada em português e em língua Tikuna.
Em seguida, a servidora representou o IBGE numa reunião organizada pelo Prof. Pedro Raposa da UEA e pelo Prof. Rodrigo Reis da UFAM, na UEA em Tabatinga/AM, sobre o tema Povos Indígenas no Censo Demográfico 2022. Participaram da reunião, professores de antropologia, pedagogia, ciência agrárias e biológicas, das duas universidades e, também, do IFAM.
O evento contou também com a presença de lideranças indígenas da etnia Kokama e estudantes indígenas das etnias Tikuna e Kokama. Foi um momento importante para apresentar a metodologia de coleta do Censo 2022 em áreas indígenas e de escuta das lideranças indígenas a respeito do recenseamento. Ao final da reunião, lideranças e estudantes indígenas se comprometeram com a divulgação do Censo junto a suas comunidades e identificaram a IV Assembleia Geral do Povo Kokama como um momento importante para a discussão do Censo junto aos participantes, com o apoio da UFAM, UEA e IBGE.